External development (XD) pode ser definido como um dos pilares da cadeia de produção de jogos. É a prática na qual estúdios e publishers globais de games buscam outras empresas ao redor do mundo para colaborar no processo de desenvolvimento, com profissionais especializados em arte, animação, engenharia, efeitos visuais, realidade virtual e User Experience (UX), por exemplo.
Dentro da indústria de games, o Brasil vem se destacando como um dos países emergentes e mais promissores no que se refere à prestação de serviços para os grandes publishers. “Quando falamos de XD, falamos de desenvolvimento de uma série de atividades, como arte, animação, cinemática, áudio, engenharia, portabilidade, captura de movimento, controle de qualidade, efeitos visuais, UX e UI (user interface), entre outras. Hoje, os estúdios brasileiros estão totalmente preparados para atender essas demandas com muita competência e comprometimento”, afirmou Rodrigo Terra, presidente da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais).
A XDS (XD Summit), realizada no início de setembro de 2022 em Vancouver, no Canadá, tem foco exclusivo em desenvolvimento externo e promove o encontro dos principais players da indústria de games. Uma delegação de 10 estúdios brasileiros participou do XDS, com apoio do Projeto Brasil Games. A delegação incluiu alguns estúdios que trabalham com XD e outros que operam no modelo híbrido, prestando serviços externos e desenvolvendo seus próprios jogos.
Antes do evento, para mostrar tendências e esquentar os debates promovidos em Vancouver, a XDS lançou um importante relatório com dados sobre o mercado de games –XDS Summit 2022 Insights Report on External Development. O estudo mencionou o Brasil como a mais promissora região para o fornecimento de serviços de XD.
Segundo o relatório, 82% dos desenvolvedores/editores têm objetivos de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I); o percentual representa um aumento de 5% em relação a 2021. Além disso, 53% dos Provedores de Serviços têm objetivos de DE&I semelhantes, com outros 15% planejando implementá-los no futuro. O relatório explica que as empresas de ambos os lados reconhecem que tornar o DE&I uma prioridade pode expandir os pools de talentos, aumentar a retenção, promover a inovação e criar locais de trabalho mais desejáveis.
O Brasil tem atualmente cerca de 12.441 pessoas trabalhando no desenvolvimento de jogos, 30% das quais são mulheres – em 2018 esse percentual era de 20%. E isso não é tudo: mais da metade dos estúdios brasileiros afirma ter uma força de trabalho diversificada, com negros, pardos ou indígenas, estrangeiros, pessoas com deficiência ou da comunidade LGBTQIA+ como funcionários (Relatório da Indústria de Jogos do Brasil 2022).
Outra informação divulgada no relatório da XDS 2022, é que para os desenvolvedores/editores, arte 3D, arte conceitual e efeitos visuais cinematográficos continuam sendo o principal fator de crescimento projetado ano após ano. UI/UX caiu um lugar do top 5 com o desenvolvimento de console tomando seu lugar.
O Brasil se tornou um pólo emergente para o Desenvolvimento Externo. Esta sessão fala sobre Desenvolvimento Externo com quatro dos principais estúdios brasileiros, abordando suas jornadas de crescimento, principais lições aprendidas ao longo do caminho, experiência de trabalho com clientes internacionais AAA, e a situação futura do Desenvolvimento Externo no Brasil.
Entrevistas com profissionais do mercado de games captadas durante BIG Festival 2022 exclusivamente para BRAZIL GAMES WEEK.
Head de XDS Events da Electronic Arts (EA) e Chair do XDS Advisory Committee
CEO da Kokku
Diretor Sênior, Head Mundial da Comunidade de Desenvolvedores da Roblox
Senior Asset Artist da Guerrilla Games e Senior Technical Asset Artist da Guerrilla Games
Fundador e CEO do Mega Studio
